25.1.10

"Água e sabão... um tubinho para soprar...

Bem devagarinho, pra bola não rebentar..."

Uma segunda-feira... Novos projectos... Quase no fim do primeiro mês do ano e as datas, iniciativas e afazeres amontoam-se como uma pilha de livros em qualquer estante... Hoje o dia nasceu frio... muito frio...


Um dia disseram-me que podia "aquecer" a fazer bolas de sabão... Desde pequena que me encantava fazer bolinhas de sabão, tive vários frasquinhos para fazer... imaginava que fazia magia!

Soprava e saía uma bolinha de sabão... todas diferentes, uma gordinhas, outras mais elegantes, umas que nem chegavam a "encher" e rebentavam logo... Mas o que eu gostava mesmo era de as ver ao sol, quando reflectiam cores várias... encantava-me! Era assim no tempo frio que fazia bolinhas de sabão, às vezes entornava o frasquinho do líquido... e era o momento da desilusão!

Ainda gosto desta prática, de fazer bolinhas de sabão, que passaram a ter um significado diferente... um dia disseram-me que essas bolinhas de sabão podiam significar os sonhos de cada um... e eu adorei ouvir! :) E ao mesmo tempo, aqui já a pensar seriamente, parece tão verdadeiro que toca quase à magia, como eu sempre imaginei!

20.1.10

Pela 2ª vez... Haiti...

(Silêncio).


Há qualquer coisa de insuportável nesta imagem. No meio dos escombros o fotógrafo enquadrou uma cruz intacta. Por entre as ruínas, vestígio da morte, da desgraça e do mal, um cruzeiro permaneceu "gloriosamente" incólume. Mas dessa aparência e "mensagem" vitoriosa absurda desprende-se uma outra verdade: esta cruz já era ali, antes do terramoto destruir a cidade, sinal da fragilidade e da ruína. Ainda erguida não é milagre - e que Deus ridículo deixaria morrer milhares de pessoas e salvaria uma representação? Ela é o que era: sinal profético e paradoxal da miséria e da sobrevivência. O eco de um Deus que se esvaziou de si mesmo, compassivo, e se fez igual a nós. Precário e mortal. Pobre entre os pobres. E que agora sofre ali com quem sofre. Uma ruína humana-e-divina entre ruínas. É o sofrimento enfrentado e vencido que estava já lá, antes deste que agora aconteceu. Não é um deus intacto, intocável, no seu pedestal afastado e separado da vida comum, mas o que desce ao reino dos mortos - ao nosso, que somos aqueles que vamos morrrer - e que anuncia que a morte não tem a última palavra. É o mestre que indica uma vida em abundância, da qual participamos e que permite que depois do terror a reconstrução recomece. Porque, como sabia Teresa de Ávila, "Tudo passa".


Agora percebo porque me incomoda esta fotografia. Lembro-me de ter visto numa Igreja de Varsóvia o fragmento de uma escultura barroca, em bronze, de Cristo crucificado, que tinha sido destruída num borbadeamento durante a Segunda Guerra Mundial e que um artista recuperou e completou numa linguagem contemporânea sem apagar a memória do que sofreu. Um Cristo destruído e redivivo. Como a repetida história humana. E vou ser sincero: preferia que também esta cruz tivesse caído, porque é esse o movimento cristão mais autêntico: estar ao lado, ao mesmo nível, entre os homens, nas condições concretas da sua existência, lavando-lhes os pés.

Neste caso, entre os despojos e as ruínas. Para aí ser sal e luz, renovação e esperança.

Mas do que ali aconteceu e se experimenta o que sei eu?

(Silêncio).

Paulo Vale

18.1.10

Parece-lhe bem?

Uma cadeia mundial de hotéis vai ter, ainda este mês, funcionários a aquecer a cama dos hóspedes.

Já são chamados de "cobertores eléctricos com pernas". Vão entrar no quarto do hóspede uns minutos antes deste se deitar e vão rebolar na cama para aquecer os lençóis.
Vestidos com um fato único, dos pés ao pescoço, e equipados com gorro para dormir, têm a aprovação de Chris Idzikowski, director do Centro de Estudos do Sono, em Edimburgo, na Escócia.


"O novo serviço de aquecimento de cama do Holiday Inn vai ajudar as pessoas a conseguir uma boa noite de sono, especialmente quando demoram muito a aquecer", disse Chris Idzikowski, citado pela imprensa britânica.
Segundo aquele especialista de Edimburgo, o processo de adormecimento começa quando a temperatura começa a descer. A baixa da temperatura começa quando os vasos sanguíneos das mãos e dos pés se relaxam e libertam calor.


"Uma cama aquecida, aproximadamente entre 20 e 24 graus, é uma boa forma de começar este processo, dado que uma cama fria pode inibir este processo", argumenta Chris Idzikowski.
Os aquecedores de cama vão começar a ajudar ao sono dos hóspedes em hotéis de Londres e Manchester, Inglaterra. "É como ter uma botija gigante de água quente", argumentou Jane Bednall, porta-voz do Holiday Inn.


In: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1472802

É com cada ideia...

15.1.10

A luz em pontos...

Ou pontos de luz... Por estes dias ser apenas um pontinho de luz... aceso na alma...

Na voz de Sara Tavares e num videoclip com muita pinta!

14.1.10

O meu terreno...

Há alguns meses que tomei o hábito de ler as orações diárias no site da RR - aqui. Leio "religiosamente" todos os dias e em alguns segundos páro na azáfama do dia... Nem sempre leio pela manhã... mas quando há oportunidade para isso, o dia corre melhor e a inspiração não me larga!

Hoje partilho com todos os que ainda visitam este blogue a oração do Pe. João Aguiar. Tomei-a também um pouco minha... Porque afinal é necessário colocar os pés ao caminho! ;)

Acontece-me demasiadas vezes: entusiasma-me um projecto, apaixona-me uma ideia; mas, depois, parece que algo corta a energia e arrefece o interesse. Dou, então, comigo a encontrar motivos para a inércia, desvalorizando a paixão antes confessada.

Se os meus dias fossem comparáveis a um terreno urbanizável, poderia afirmar que estão cheios de alicerces e vazios de edifícios; ou rasgados por cabos que não encontram o poste donde a lâmpada semeie a luz...


Quiçá esteja assim o meu terreno urbanizável... mas os alicerces que existem... esses estão bem enterrados e deles nascerão coloridos edifícios... um pouco a cada dia! Assim me comprometo!

12.1.10

Brrrrrrrr....

Depois do frio intenso do fim-de-semana as portas abrem-se ao chamado temporal... chuva, frio, vento, humidade, frio, frio, frio... Alertas laranjas salpicam distritos portugueses e não se consegue estar bem em nenhum sítio... A não ser... no quentinho! :)

8.1.10

S. Gonçalo arredai os bancos...

... que eu quero dançar a dança dos mancos...

Se os mancos querem dançar
que farão aqueles que podem andar?



Assim se vai cantar por estes dias em Aveiro em mais uma festa em honra de São Gonçalinho, o santo mais conhecido e acarinhado da cidade de Aveiro.



As cavacas traduzem promessas que se fazem e decerto vão rodopiar pelos céus aveirenses até segunda feira à noite. O bairro da beira-mar já se encontra engalanado e pronto para receber os milhares de fiéis que acorrem a esta festa quer pela fé, pelo divertimento ou, ultimamente até, pelo estatuto que tem adquirido!


Uma tradição bem enraizada que no início de cada ano coloca sorrisos no rosto, aconchega o coração de cada um e enche o estomago já recuperado dos doces natalícios e preparado para as duras cavacas.


6.1.10

Vamos a isto...

Dois convites do ano passado...

Estas manias vêm daqui: Passo convite ....à Sónia..... e daqui: E agora deixo este desafio na aveirense Sónia.

As regras são simples: cada bloguista participante tem de enunciar 5 manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher 5 outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". [Cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue].

Nem imaginam o que tive de pensar para enumerar 5 manias, no meio de tantas... Não as coloco por ordem porque isso seria outro quebra cabeças...


1 - Tenho a mania de... fazer tudo como se não houvesse amanhã... ou seja, tudo o que faço é pensado ao ínfimo pormenor e se não faço melhor é porque, de todo, não consegui. Vivo neste limite, neste precipício, como às vezes chamo, mas só assim é que sei viver!

2 - Tenho a mania de... colocar os outros antes de mim... esqueço-me de mim muitas vezes e arregaço as mangas quando é necessário que os outros se sintam bem. Haja o que houver eu olharei primeiro para os outros... (lírico, não?)

3 - Tenho a mania de... não saber dizer que não... esta é talvez das manias que ando a tentar curar-me! :) Podia chamar-lhe falta de personalidade (o que não acho), podia ser "para ficar bem" (e quem me conhece sabe que não me preocupo com isso!) ou simplesmente porque simpatizo mais com a palavra SIM! Faz-me bem dizer que sim a tudo e todos... a festas e festarolas, almoços e jantares (lanches e ceias), desafios, loucuras e inquietações (porque não? fazem parte da vida!)

4 - Tenho a mania de... andar arranjadinha... gosto de me sentir bem... talvez toque na vaidade mas, não preciso de ter roupas de marca ou muito caras, gosto simplesmente de me sentir confortável e ao mesmo tempo arranjadinha! A diferença pode ser um acessório, uma camisola diferente ou um calçado que já não usava há algum tempo... se é diferente faz-me bem!

5 - Tenho a mania de... (já é a última? tinha ainda tantas para contar!) de usar um anel... não sei bem quando começou esta mania... que acho até bem simples! (comparada com aquela de que estou quase curada... roer as unhas! :P ) Usar um anel no dedo anelar da mão direita! Gosto simplesmente e é mesmo mania! Não saio de casa sem o colocar e não precisa de ser o mesmo todos os dias... E quando me esqueço? uiiiii, parece que falta ali qualquer coisa!


E cá estão as minhas 5 manias! Agora passo "a batata quente" para a Rita, para o Sérgio, para o Hugo, para a Leandra e para o Tó-Zé.

4.1.10

No ano novo.. ser pessoa de esperança!

A esperança vem de ser autêntico, de não me deixar dominar por ansiedades, de estar convencido de que o meu papel neste mundo é criar futuro para mim e para os outros, porque a esperança é tornarmo-nos criadores de futuro. É claro que há sombras densas diante de nós e existem muitas razões para esta sociedade depressiva, mas isso não nos pode dominar e vencer.
Olhas para o céu a ver se cai? Ou acreditas em fazer algo de bom, mesmo quando não se vê nada? Então és uma pessoa de esperança.
Vasco P. Magalhães, sj