27.1.12

Monjas, sabiam que existem?

A minha atividade é, sem dúvida, muitas vezes um privilégio! Não digo isto quando ando cheia de trabalho, horários para cumprir e conversas agendadas "para ontem"...


O privilégio é de me cruzar com pessoas tão diferentes, em diversos espaços, com boas conversas e vidas de testemunho, à medida de uma montanha russa...





Esta semana abriram-se os portões de uma comunidade de religiosas, as monjas dominicanas (http://www.monjasoplisboa.com), para eu respirar do ar que ali se vive... O portão encarnado esconde um páteo repleto de cores e sons. As flores garridas puxam-me o olhar e as abóboras espalhadas dão-me a mão até à infância...






Vidas simples mas repletas de interioridade... Por momentos pareceu-me estar a entrar num espaço de outro mundo, tão silencioso, mas em pleno coração da cidade.


De "outro mundo" também são as bolachinhas de aveia, de fabrico próprio, que, como diz a irmã que me recebeu, em jeito de brincadeira "pode provar porque os doces das irmãs não engordam"...






Doce de laranja ou de figo também é encontrado lá à venda e mesmo lúcia-lima para fazer chá... tudo criado no mosteiro...




Uma comunidade de apenas 4 irmãs, em que a mais nova tem 74 anos... (curioso, não?) e que se preocupam há 27 anos com os problemas da sociedade e gostam de os abrir à reflexão. Este ano debruçam-se sobre o "bom uso da crise" e organizam: http://www.monjasoplisboa.com/upload/programa_2011_2012.pdf



No outro lado da quinta, onde em tempos foi uma adega, abre-se um pequeno portão para a capela. De bancos corridos, flores coloridas e luz natural esta capela tem a particularidade de ter peças em madeira de eucalipto e bancos feitos pelas religiosas. Além disso a minha curiosidade aguçou-se ao ver uma cítara, ainda tocada por uma das irmãs, aquando das suas orações diárias.









Aqui fica a partilha de uma visita de trabalho que me valeu uns minutos de descanso e serenidade... :)


17.1.12

Intra...

Há dias assim... (já cantava a música) em que me sinto de outro planeta, em que apenas estou comigo... estarei a ficar louca?




Podem alguns pensar que sim mas eu acho que a cada dia que passa mais sinto falta de momentos de serenidade, em que me sento sem me levantar, em que vejo sem observar, em que sinto como se não sentisse... Difícil de explicar...

Hoje sinto-me "intra"... Poderia percorrer cada célula de mim (não serão muitas em 156cm...) e perceber que hoje estão ligadas sem se falarem, apenas sentem em conjunto. Sou extrovertida por natureza mas hoje há qualquer coisa de intra que falou mais alto...

Os dias de reboliço em que tenho vivido dão-me prazeres imensos de encontro, família, amizade, gratidão, sinceridade e outras maravilhas da vida... Foram dias envolvidos de cores, de crianças, de encontros e novidades, de celebrar a vida!


Hoje comecei por aí... celebrar e valorizar a vida... o que a vida me trouxe e com a qual me queixo tantas vezes... Porque sou uma privilegiada que a cada dia vê o mar e o rio, a luz de Lisboa e seus monumentos, o Cristo Rei que me abraça cada vez que o olho... os simples sorrisos e as palavras de quem conheço bem ou simplesmente o olhar de quem conheço mal.


Aos 17 dias de janeiro o sol brilha lá fora, o frio gela-me as mãos e eu, olho para dentro, como se o dia de hoje tivesse sido tirado para a introspeção... há dias assim, intra!


6.1.12

Ao início do ano...


Desejo um bom ano de 2012 a todos os que por aqui passam...


E início de ano para bom aveirense é logo começar com cavacas e muita animação: as festas de São Gonçalinho, padroeiro do bairro da beira-mar em Aveiro, estão à porta!


A cidade dos canais esquece a crise e pára por estes dias para ''ver cair do céu'' o pão duro envolvido em açúcar. São as cavacas que traduzem promessas.


O bairro da beira-mar já se encontra engalanado e pronto para receber os milhares de fiéis que acorrem a esta festa quer pela fé, pelo divertimento ou, ultimamente até, pelo estatuto que tem adquirido! Lá estaremos...



Neste dia de festança

Pra ti vai nosso carinho

Hás-de ir connosco na dança

Oh rico São Gonçalinho...