21.8.09

Ao contrário...

Benjamin Button, o nome em si não me dizia nada... Ouvi várias vezes falar do filme onde era uma personagem... agora é mais uma personagem no meu léxico e que, certamente, não me sairá da memória tão facilmente...
Não por ser interpretado pelo Brad Pitt (aquele giraço de olho azulão...), não pelo filme ter sido nomeado com 3 óscares (se não me engano...) nem pelo simples facto dos efeitos especiais e de maquilhagem usados no filme.

Toda a história, drama e ficção me absorveram num serão destes... Uma história de um homem que nasce com 80 anos e em tudo é diferente... Mesmo que saiba que acabará a vida de fraldas como tantos outros e a necessitar de ajuda... É uma vida contada na primeira pessoa que me pôs a pensar! Quantos queriam ser eternamente jovens... Ele queria envelhecer... E, pelo contrário, vê-se e sente-se cada vez mais novo, mais pequeno, mais bebé...

Completamente embrenhada no filme, deliciei-me com determinados pormenores e isso fez com que tirasse alguma mensagem. É assim nos bons filmes, não?
O relógio que anda ao contrário para trazer os ente queridos que partiram, todo o paralelismo de acontecimentos contra a corrente, o drama da diferença de aspecto entre o casal (Benjamin e Daisy), os momentos de "flashes" de memória dos idosos do lar e por fim a cena final em que a "velha" Daisy abre o coração, deixa tudo, e trata daquele "menino" que, um dia, foi o pai da sua filha... Dá que pensar! ;)

2 comentários:

mestre poeta disse...

A realidade do Benjamin é igual á de qualquer outra pessoa. A meu ver, a grande questão está no avesso das coisas, que realmente nos faz pensar.

Todos nós nascemos frágeis e morremos frágeis, se Deus nos der a graça de longos dias. A verdade é que a rejeição que Benjamin passou à nascença, muitos dos nossos idosos sofrem na sua velhice... é realmente mais fácil acolher um lindo bebé, como aquele em que Benjamin se tornou.

Não deixa de ser uma história muito interessante, muito emotiva, com um amor daqueles que só se vivem nos filmes e nos livros, mas uma história de vida, realmente como a que qualquer um de nós pode viver, apenas contada ao contrário.

Também gostei muito deste filme.

Beijinho grande

mestre.poeta@gmail.com

Anónimo disse...

Sim, na realidade dá muito que pensar..
Tenho uma avó acamada, que tem uns dias que se lembra de nós, outros não,mas não têm mal! Nós conhecemo-la e isso basta!
É como a memória de um bébé...não tem mal.
Tudo acontece por Deus, nosso SER Superior.
Essencialmente, vejo no filme uma mensagem de PERDÃO!
A partir do dia em que vi o filme deixo sempre uma boa mensagem de boa noite à pessoa que Amo. "Nuca se sabe o dia de amanhã"...

Beijinho.

Patricia Cardoso