12.1.11

Afinal tanta proximidade... ?

É em dias como este que Lisboa me faz lembrar uma pequena cidade...



No comboio os olhares trocam-se no pedido de empréstimo de um jornal. No metro eis que surgem as vozes a falar de alguém mutuamente conhecido, falando da vida profissional, dos maridos que já teve ou até das viagens que faz... o nome: Vitória. E assim fico a saber (quase) a vida toda desta tal senhora que já me soava a "conhecida".

E na paragem do autocarro um encontro inesperado. Senhora, 81 anos, pele branca e sorriso afável. Mete conversa e queixa-se de uma queda em casa, tem uma mão inchada. O flagelo de muitos idosos que não têm com quem falar nesta cidade, dita grande. Curiosidade desta conversa de 4 min: esta senhora trabalhou como guarda prisional cerca de 30 anos... incrível as histórias que fico a saber...

Uma entrevista que leio no destak e fala de qualidade no fim de vida... Mas, e qualidade durante a vida?

Manhã mais que preenchida com um taxista mais que gago, armado em simpático e que não sabia "trabalhar" com o GPS.
Uma conversa a seguir, passagem pelo largo do Rato, Assembleia da República... espaços emblemáticos desta cidade que vou descobrindo...

E, outro táxi... afinal este "chauffer" de praça é muito mais do que isso... canta o fado... (ou pensa mesmo que sabe cantar...)

Só por esta manhã quase me imaginei num daqueles filmes sobre o quotidiano de uma qualquer pequena cidade... Achei, no mínimo, curioso... serviu para este post e dar mais cor ao 12º dia deste novo ano :)

1 comentário:

Martinha disse...

Esse cenário com a Senhora de nome Vitória lembrou-me cenários que várias vezes vivi e presenciei no Porto, também no autocarro. Mesmo nas paragens, já várias senhoras dessas meteram conversa comigo também, que me deixaram a pensar também. :)
Beijinho *