O blog não parou e continua a caminho... Aqui partilho: eu mesma consegui repetir a proeza de quase 120km de mochilinha às costas... Calor, chuva, vento e muito mais acompanharam a peregrinação até S.Tiago.
A foto mostra muito pouco daquilo que foram 5 dias de contemplação e, que ansiava, serem de paragem. É verdade, pode-se parar a caminhar!
Par(AR) era a palavra que transportava no meu bolso mais pequeno. Ar era outra que me incentivava, ganhar ar, ter ar, respirar novo ar, tudo isto precisava...
Um grupo pequeno, familiares, amigos e desconhecidos que passaram a amigos. O caminho tem destas coisas, surpresas e discernimentos. Os dias eram longos, as madrugadas custavam e o fim do dia pesava em cada perna. Mas em cada hora perguntava-me porque ali estava...
Porque me tinha colocado, novamente, naquela situação desconfortável, de cansaço e loucura, de mistura de emoções, risos e choros, contemplação, novidades e recordações? Porquê?
Nem tudo faz sentido e o caminho foi a fuga, a fuga para me sentir, ouvir e carregar. O caminho é como a nossa vida e ali fez-se realidade.
Também na vida estamos sempre a caminhar e não paramos! Muitas vezes caminha-se sem sentido ou sem saber para onde se vai!
Desta peregrinação veio ''o balão cheio'' e que espera esvaziar muito pouco de cada vez. Vieram novas realidades e uma fé renovada, com missões a palpitar e ideias que não param de martelar cá no íntimo.
Na vida precisamos destas paragens para abastecer e sentir o caminho, encontrar as curvas e não parar a qualquer sinal menos bem disposto!
Tenho de ter sempre em conta que, também na vida, há sempre os que caminham ao meu lado, os ''cajados'' que nos seguram, as ''vieiras'' e as "setas" que nos indicam e aconselham o caminho, as "fontes" que nos refrescam e as "pedras" que se transformam em degraus.